10 Mitos Alimentares Desmentidos
1- Requeijão é melhor que maionese: A maionese, não merece a fama que tem. Feita com óleos vegetais, a maionese possui alto teor de gorduras insaturadas, consideradas ‘do bem’ porque ajudam a reduzir o nível de colesterol ruim (LDL). Também contém ácidos graxos essenciais para o organismo, como o ômega 3 e o ômega 6, que não podemos sintetizar. Já o requeijão, de origem animal, tem 60% de sua gordura na forma saturada – prejudicial ao coração. É provável que a imagem negativa do molho se deva à versão caseira. Ela leva maior quantidade de ovos que a industrial, o que a deixa mais calória e rica em colesterol.
2- Carne de Frango é mais saudável que de porco: Preocupados com a transmissão de doenças e a falta de higiene, judeus e muçulmanos baniram o consumo de parco há mais de 1000 anos. Mas o leitão moderno é diferente: graças à genética, às rações balanceadas e ao confinamento em baias limpas, sua carne possui 40% menos gorduro que há 30 anos. “Quando for preparar qualquer tipo de carne, remova a gordura antes de prepará-la. Caso contrário, ela irá penetrar na carne durante o cozimento”, avisa o Inmetro.
3- Sorvete provoca dor de garganta: O que provoca amidalites e faringites são vírus e bactérias, e não um inocente picolé. Para atacar, os microorganismos precisam encontrar um ambiente favorável. Isso ocorre, por exemplo, diante de condições atmosféricas adversas – caso de mudanças bruscas de temperatura (do ar, veja bem), de poluição intensa ou então de baixa umidade.
4- Leite morno ajuda a dormir: “Isso é mais empírico do que científico”, diz o cardiologias Heno Ferreira Lopes. “Não conheço estudos comparativos que comprovem esse efeito”. A crença se deve à presença de triptofano no leite. Esse aminoácido, não fabricado pelo corpo, modula a produção de serotonina, neurotransmissor que dá sensação de bem-estar. E a serotonina, por sua vez, é usada na produção de melatonina, o hormônio do sono. Mas… o aminoácido atuaria apenas na primeira fase do sono, aquela em que você começa a ficar sonolento.
5- Coca-cola com café deixa você acordado: “Embora ambas contenham cafeína, um poderoso estimulante do sistema nervoso central, elas não agem em sinergia”, explica o nutrólogo Durval Ribas Filho. Ou seja, tomar as duas ao mesmo tempo não eleva seu potencial de ação. Em vez de aumentar o pique, essa mistureba vai é deixar seu estômago embrulhado.
6- O estômago encolhe quando comemos menos: Por se tratar de um órgão muscular, não existe a possibilidade de o estômago mudar de tamanho só com a menor ingestão de alimentos. O contrário é verdade: ele pode até aumentar, quando você exagera na dose. Diminuir, jamais. Mas quem faz uma dieta radical acaba ficando com a sensação de que “não cabe” mais nada no estômago. Consumir comida em menos quantidades condiciona seu estômago a se “satisfazer” com menos. Por causa disso, o corpo reduz a produção de grelina, um hormônio que é liberado quando o estômago está vazio, estimulando a área do cérebro ligada ao apetite.
7- Banana repõe potássio depois da malhação: “O efeito da reposição de potássio não acontece na hora. O processo leva cerca de 3 ou 4 horas”, diz o nutricionista César Grosso. Isso levando em conta que você coma a quantidade de bananas necessárias. Dá pra estimar que, durante um treino intenso, você sue cerca de 2 litros de líquidos por hora. Junto com a água, ocorrem perdas de potássio – cerca de 230 miligramas por litro de suor, ou , nesse caso, quase 500 miligramas. Para repor tudo isso, seria necessário comer 4 bananas-maçã ou nanica. Mas adicionar à sua dieta 4 bananas, 3 vezes por semana, vai pesar um bocado no total de calorias. Além disso, o consumo exagerado da fruta pode causar desconforto, soltando ou prendendo o seu intestino.
8- Azeite extra virgem é sempre melhor: Azeites de oliva, de forma geral, são ótimas fontes de gorduras monoinsaturadas; outros tipos de óleos vegetais, como milho, gergelim, girassol e canola, são ricos em gorduras poli-insaturadas. Ambas blindam seu corpo dos problemas cardíacos, por elevar o nível de colesterol bom. Todos eles podem e devem estar presentes na sua mesa. Reserve o extravirgem, mais caro, apenas para ocasiões especiais.
9- Os magros têm metabolismo mais acelerado que os gordos: “A eficácia com que o organismo gasta energia varia de um indivíduo para outro. Não dá para afirmar que o metabolismo de um é mais acelerado do que o de outro só levando em conta as características físicas”, diz o endocrinologista Antônio Chacra. A genética responde por até 50% desse ritmo metabólico. Daí, sim, é que alguns magros favorecidos pela carga hereditária podem contar vantagem sobre os gordos. Outro fator fundamental na regulação do ritmo metabólico é o estilo de vida.
10- Cerveja dá barriga: A gordura corporal está relacionada a muitos fatores, inclusive genéticos, mas engordar depende principalmnete da ingestão calórica diária. O álcool é bastante calórico: são 7 calorias por grama. “Só que um copo de cerveja de 200 mililitros tem o mesmo número de calorias de um suco de laranja”, explica a nutricionista Camila Leonel. O problema é que ninguém toma 10 copos de suco, um atrás do outro, mas muita gente manda para dentro 10 latinhas de cerveja ou 10 chopes. “Qualquer produto consumido em excesso leva ao aumento de peso. É tudo uma questão da quantidade e da frequência em que você bebe” frisa a especialista.
Referência: Revista Super Interessante – Edição Especial – 73 Mitos Alimentares.
Fontes: http://biosferams.org/2010/10/10-mitos-desmentidos/
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