Steve Jobs, fundador da marca da maçã, no lançamento do Air: aposta em dois nichos de mercado |
Se havia dúvidas de que o iPad representa um nicho de mercado distinto dos notebooks, parte dela se desfez com a reafirmação dessa posição, por parte da fabricante. Para a Apple, notebook é notebook, tablet é outra coisa. Pioneiro nessa tendência, o iPad, lançado em abril, já vendeu 4,19 milhões de exemplares, no primeiro trimestre. O brinquedo tecnológico, a princípio, reina absoluto, único, na lista dos tablets que gigantes do setor, como Samsung, Dell, Rim e HP prometem lançar até o fim do ano.
A chegada desses novos tablets pode redefinir esse jogo, uma vez que, de acordo com o que já foi anunciado até aqui, a concorrência estará armada até os dentes, com máquinas muito mais robustas que o iPad. A previsão de todos os concorrentes é entregar equipamentos que possam, sim, substituir um notebook. Tanto que muitos deles são munidos, inclusive, de sistema operacional Windows, webcams poderosas e muitas entradas USB – tudo que ele, o iPad, não tem.
Mantendo sua conhecida linha ensimesmada, a Apple seguiu incólume, em paralelo à onda das pranchetas digitais, apresentando o redesenho do seu já “mais fino notebook do mundo”. Mesmo com todas as pesquisas de consultorias indicando que o surgimento dos tablets vai ser fatal para os notebooks. Só nos EUA, o iPad comeu 25% do que seria destinado à compra de computadores portáteis, de acordo com levantamento do Morgan Stanley.
A novidade da maçã parte da provocação: “como seria se o iPad se encontrasse com o notebook?”. A resposta é um computador pequeno e bonito, com preços, no mercado americano, entre US$ 999 (o modelo com tela de 11,2 polegadas e 64GB) e US$ 1.299 (a versão de 13,3 polegadas e 256GB). No Brasil, os produtos já estão no ar na loja virtual oficial da empresa. Custam entre R$ 3,2 mil e R$ 5,7 mil, até quase três vezes mais que no país de origem. A previsão da loja brasileira é de que a entrega por aqui ocorra em até três semanas.
Tecnicamente, o novo Air repete as carências de seu antecessor, sem drives óticos (para leitura e gravação de DVDs) ou HD com capacidade digna. Para armazenar conteúdo, oferece memória flash – uma das soluções encontradas para fazer tudo caber em um equipamento que pesa 1 kg e cujo maior atrativo é justamente a portabilidade. A nova tela exibe imagens em alta resolução e a bateria, inspirada na do iPad, promete duração de até sete horas de uso e 30 em stand-by.
Frederico Bottrel - Estado de Minas
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